Sophia
nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma família aristocrática. A sua infância
e adolescência decorrem entre o Porto e Lisboa, onde cursou Filologia Clássica.
Após
o casamento com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa,
passando a dividir a sua atividade entre a poesia e a atividade cívica, tendo
sido notória ativista contra o regime de Salazar. A sua poesia ergue-se como a
voz da liberdade, especialmente em "O Livro Sexto".
Foi
sócia fundadora da "Comissão Nacional de Socorro aos Presos
Políticos"e a sua intervenção cívica foi uma constante, mesmo após a
Revolução de Abril de 1974, tendo sido Deputada à Assembleia Constituinte pelo
Partido Socialista.
Profundamente
mediterrânica na sua tonalidade, a linguagem poética de Sophia de Mello Breyner
denota, para além da sólida cultura clássica da autora e da sua paixão pela
cultura grega, a pureza e a transparência da palavra na sua relação da linguagem
com as coisas, a luminosidade de um mundo onde inteleto e ritmo se harmonizam
na forma melódica, perfeita, do poema.
Luz,
verticalidade e magia estão, aliás, sempre presentes na obra de Sophia, quer na
obra poética, quer na importante obra para crianças que, inicialmente destinada
aos seus cinco filhos, rapidamente se transformou num clássico da literatura
infantil em Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens leitores com
títulos como "O Rapaz de Bronze", "A Fada Oriana" ou
"A Menina do Mar".
Obras
da autora:
Dia do Mar, 1947;
Oral, 1950;
No Tempo Dividido, 1954;
A Fada Oriana, 1958;
Mar Novo, 1958;
A Menina do Mar, 1958;
Livro Sexto, 1962;
O Rapaz de Bronze, 1965;
O Cavaleiro da Dinamarca, 1964;
Geografia, 1967;
A Floresta, 1968;
Dual, 1972;
Nome das Coisas, 1977;
Musa, 1994; etc.
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